Durante o mês da Consciência Negra, a psicóloga e influenciadora Sarah Aline fala sobre o direito ao lazer e ao autocuidado para pessoas pretas. E entende que isso revela uma questão urgente: o quanto é essencial que essas pessoas se vejam como protagonistas em espaços que promovem prazer e bem-estar.
Em uma sociedade que frequentemente marginalizou a população preta, fazer o que se gosta é mais do que uma busca individual. É um ato de resistência e pertencimento que ajuda a romper o ciclo de exclusão e solidifica o sentimento de que essas experiências são possíveis e legítimas.
“O lazer é um direito que vai muito além do descanso físico. É onde nos reconhecemos como merecedores de prazer, de alegria e de cuidado. Para muitas pessoas pretas, isso significa quebrar barreiras históricas e afirmar que nossa presença é legítima nesses espaços”, explica Sarah.
Historicamente, o acesso a atividades prazerosas foi limitado para a população negra, gerando impactos psicológicos e, muitas vezes, um sentimento de que esses lugares e experiências não eram para elas.
“Ver-se possível em momentos de lazer fortalece a autoestima e mostra que nossa vida também pode ser completa e leve”, acrescenta.
Sarah observa que, ao se engajar em atividades prazerosas — seja um esporte, hobby ou viagem — as pessoas pretas constroem novas narrativas onde elas são protagonistas.
“É fundamental para nossa autoconfiança nos enxergarmos ocupando esses espaços de lazer. No mês da Consciência Negra, lembrar que o lazer é um direito reafirma que somos dignos de viver uma vida plena, com alegria e liberdade”, conclui.
Sobre Sarah Aline
Sarah Aline é psicóloga e especialista de diversidade e inclusão. Nascida em Osasco,São Paulo, participou do reality show Big BrotherBrasil em 2023, onde integrou o time Pipoca e se destacou por sua dialética e bom posicionamento nas provas da atração. Com apenas 26 anos, a influenciadora já acumula mais de um milhão de seguidores em suas redes sociais, onde compartilha projetos e insights valiosos sobre autocuidado e psicologia.
Sarah resceu em uma família missionária que sempre apoiou causas sociais. Durante sua adolescência, acompanhou seus pais em missões sociais, como por exemplo, na antiga FEBEM, prestando suporte para dependentes químicos. Foi a partir dessas vivências que decidiu cursar psicologia. Após formada começou a trabalhar em uma empresa ajudando no desenvolvimento de carreira de mulheres, pretos, idosos, LGBTQIA+ e deficientes.
Participar do Big Brother Brasil nunca foi um grande sonho na vida de Sarah, mas se tornou uma realidade que mudou sua vida. Durante sua presença na temporada, a influenciadora aproveitou ao máximo todas as festas, ganhou provas e debates, se apaixonou e ainda se assumiu bissexual para sua família e todo o Brasil.