Márcio Cassoni é um nome que se destaca no cenário artístico brasileiro. Com uma carreira que começou nos palcos paulistanos em 2004 e se expandiu para o cinema, a música, o rádio e até a astrologia, Cassoni é a definição de um artista multifacetado. Sua jornada artística é marcada por uma constante busca por novas formas de expressão e pela profunda conexão com a arte em todas as suas manifestações. Desde 2014, ele se consolidou como ator de cinema, protagonizando produções premiadas, mas seu talento vai muito além das câmeras. Com uma abordagem única e uma paixão inabalável, Márcio Cassoni continua a inspirar e a desafiar o público com sua versatilidade e criatividade.
Em uma entrevista reveladora, Márcio compartilha detalhes de sua trajetória, desde suas primeiras experiências no teatro até suas mais recentes realizações no cinema e na música.
Uma Paixão Iniciada na Infância e Aperfeiçoada no Teatro
Ao relembrar o início de sua carreira, Márcio revela que sua paixão pela atuação começou cedo, quando ele tinha apenas seis anos. “Fui a um programa do Moacyr Franco e me apaixonei por televisão,” conta ele. “Quando alguém perguntava o que eu queria ser, eu dizia que queria ser cantor, porque lembrava do Moacyr Franco.” Apesar dessa paixão inicial, a vida o levou por diferentes caminhos. “Aos 18 anos, fiz teatro amador, mas não segui. Fiz novamente aos 28, com Macunaíma, mas também não continuei.”
Foi apenas após os 40 anos que Márcio encontrou sua verdadeira vocação no teatro. Ele ingressou em um grupo de teatro ligado a uma ONG que resgatava pessoas em situação de rua, e foi incentivado a tirar o DRT pelo diretor Ivan Antonio. “Em 2004, conheci o Teatro de Arena, famoso em São Paulo, e o Chico de Assis, que me ensinou muito,” relembra. “Ele focava na emoção do ator sem fingimento, e foi um aprendizado que levo até hoje.”
A Transição do Teatro para o Cinema
Em 2014, a carreira de Márcio tomou um novo rumo quando ele migrou para o cinema, uma mudança motivada por uma jornada pessoal. “Minha transição do teatro para o cinema se deu por uma questão de vida,” explica. “Fiz um mochilão pelo Brasil, convivendo com culturas locais e indígenas, e quando voltei, não conseguia mais conviver com a metrópole.” Essa mudança o levou a se estabelecer na região da Serra do Mar, em Sertão do Camburi, onde encontrou uma nova paixão pela linguagem cinematográfica. “Me apaixonei pelo cinema, onde tudo é mais verdadeiro.”
Conciliando Múltiplas Paixões
Além de sua carreira como ator, Márcio Cassoni é também radialista, músico, poeta e astrólogo. Para ele, essas diferentes paixões se entrelaçam naturalmente em sua vida artística. “Já fiz programas de rádio, sou compositor, já produzi show poético-musical e sempre fui poeta,” afirma. “Minha natureza não suporta rotina; sou libriano e apaixonado por tudo o que faço. Sou múltiplo.”
Essa multiplicidade é refletida em sua abordagem à arte, que ele vê como um meio de explorar e expressar as várias consciências que coexistem dentro de cada pessoa. “Estou sempre em busca de novas inspirações, como a dança,” diz ele, evidenciando sua constante inquietação criativa.
Desafios e Realizações no Cinema
Entre os muitos papéis que desempenhou, Márcio destaca o curta-metragem “O Palco” como um de seus trabalhos mais desafiadores e significativos. “Ganhamos muitos prêmios, e me sinto muito honrado por participar,” comenta. O filme, dirigido por Rafael Belangelo e produzido pela FAAP, continua a ser exibido internacionalmente. “Foi um desafio interpretar um ator maduro que, devido à pandemia, não pode mais atuar. Foi um diálogo da arte com a realidade.”
A Criação do “Oráculo Musical de Merlin”
Uma das criações mais inovadoras de Márcio Cassoni é o “Oráculo Musical de Merlin”, um evento que combina música, teatro improvisado e magia. Quando perguntado sobre como surgiu a ideia, ele reflete: “Não é muito fácil falar sobre isso. Não fui obrigado a fazer ou encomendado; foi algo que realmente aconteceu.” Para ele, a arte é uma forma de satisfazer o coração, uma maneira de acessar diversas consciências e níveis de entendimento que vão além da religião ou da ciência. “Acho que o mais próximo para entender essas coisas é a arte.”
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