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Caso Bois de Cunha:  Luisa Mell é processada e ambientalista Wagner Ávila acusa ONGs de maus tratos à animais, além de suspeita de golpe

Um ano e meio depois, da fiscalização em uma fazenda criadora gado, o ambientalista do Instituto Animal Legal confirma o que o pecuarista Tanagildo Aguiar contou na época da “expropriação dos bois de Cunha”

No início ano passado foi denunciado anonimamente que mais de 350 garrotes estavam em suspeita situações de maus-tratos em Cunha, interior de SP. Então, a Polícia Militar Ambiental fiscalizou, e posteriormente, após ação orquestrada pelo Ministério Público, inclusive recrutando militantes, os animais foram expropriados do pecuarista, sem investigação prévia. 

Segundo o pecuarista Tanagildo Aguiar, proprietário do local, o que aconteceu foi que por conta das chuvas, acima do esperado para a época, cerca de cinco animais não resistiram, entretanto, sempre receberam o tratamento digno, condizente com a criação para pecuária de corte, com os devidos cuidados diários.

A ativista Luiza Mell tomou partido da situação, assim como algumas mídias, noticiando apenas o lado inverídico e fantasioso da história, como se Aguiar fosse desumano e não ligasse para os bezerros. 

A ativista acabou se apropriando de alguns animais, assim como outras ONGs (Organizações Não-Governamentais). 

Como a ativista não tinha autorização, foi acionada judicialmente, entretanto, ambas ficaram com algumas cabeças de gado. 

Em 10 de agosto de 2023, o ambientalista Wagner Ávila, do Instituto Animal Legal, foi ao local onde esses animais se encontram e constatou que os animais estão em situação muito pior a que estavam na propriedade do pecuarista.

Embora tenha recebido vultosa quantia do Ministério Público e de doações captadas no Brasil e exterior, para a manutenção dos animais, o ambientalista relata que os animais agora sim podem ser considerados vítimas de maus-tratos, diferentemente da época dos fatos.

“Na época da remoção os 365 bois viraram 325, e não vou falar sobre isso nesse momento, mas agora é urgente denunciar a situação atual desses bois. Que são extremamente magros e me leva a crer que eles estão passando fome”, pontua.

O ambientalista possui vídeos que mostra mo promotor em uma reunião virtual com diversos integrantes falando que eles “querem tirar esses animais de forma definitiva das mãos dos pecuaristas”. O mesmo vídeo mostra imagens da situação deles hoje em dia

De acordo com Ávila, o promotor encara o sistema pecuarista como perverso, mas, atualmente, um ano e meio depois, a situação dos animais está às margens da calamidade.

“E o pior é que estão em uma área de areia, além do crime ambiental, uma vez que, há um riacho extinto, que foi assoreado e está morrendo, então, se o promotor tinha a intenção de salvar os animais, alguma coisa não está certa”, ressalta o ambientalista.

E vai além: “Na época da remoção de Cunha conseguiram fazer uma megaoperação em menos de 48 horas, agora que eu estou aqui há mais de duas semanas denunciando e nada acontece, me parece que as autoridades não conseguem enxergar nem o crime com esses animais, nem o ambiental”.

Ele afirma que continuará investigando o caso, já que na época da remoção eram 365 animais, nos autos do processo foram registrados 325 e depois de falar com os responsáveis por cuidarem dos garrotes, hoje em dia, agora são bem menos de 300.

“Alguma coisa não está me cheirando bem”, indaga o ambientalista.

Similaridades entre as versões

Na época em que houve a remoção de seu gado, Tanagildo Aguiar afirmou ter sofrido armação por parte das ONGs envolvidas no resgate dos bezerros em Cunha, entre elas a de Luisa Mell.

“Fui tachado como o assassino de Cunha, uma tentativa de dizer que somos uma pirâmide financeira”, alega.

“Foi uma ação com vandalismo, não houve interesse em fazer a identificação de cada animal.

É um esforço para criminalizar a pecuária de corte em ano político”, afirmou na ocasião.

Aguiar negou as acusações dos vídeos postados por Mell, que mostraram os animais em situações precárias. “Mais ou menos vinte deles estavam debilitados, já que vieram do lote adquirido nesta condição e estavam em recuperação e três em saúde crítica”, admite. “Mas não é verdade que tinham sido abandonados, pois tenho funcionários e especialista residentes no local e que davam todos os cuidados necessários”.

Vale ressaltar que ainda estávamos em uma fase da pandemia de Corona vírus e o pecuarista contraiu o vírus na época, e estava em isolamento social

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