Bruno Martini é um dos nomes mais influentes da cena eletrônica atual. Com uma carreira repleta de sucessos e colaborações de destaque, Bruno vem conquistando o cenário musical internacional com sua habilidade única de mesclar diversos estilos e criar experiências sonoras envolventes.
Nos últimos tempos, Bruno Martini tem se destacado com uma série de lançamentos incríveis. Desde a mais recente “Vamos”, a poderosa trilha sonora da Fórmula E, até o remix energético de “Can’t Get Enough”, da cantora e atriz Jennifer Lopez, ele vem demonstrando sua versatilidade e talento inquestionável.
Além disso, Bruno nos presenteou com uma nova versão de “Sambassim”, um dos hits mais icônicos de Fernanda Porto, revigorando-o com sua assinatura única ao lado de Soldera. E não podemos esquecer do remix de “Eat Sleep Rave Repeat”, do lendário DJ Fatboy Slim, que recebeu uma nova vida pelas mãos criativas de Bruno.
Nesta entrevista exclusiva, os leitores terão a oportunidade de conhecer em detalhes os bastidores desses lançamentos emocionantes, bem como explorar mais sobre a trajetória e inspirações de Bruno Martini. Preparem-se para uma imersão no universo musical deste talentoso artista.
Qual a mensagem que a faixa “Vamos” transmite a você? E qual foi o maior desafio neste processo de produção?
Queria que fosse algo impactante, forte e que tivesse uma linha melódica forte. Quando falamos de “música da vitória” no Brasil, não dá para não falar da música do Senna. Eu quis trazer um pouco a nostalgia ali de ter algo super melódico e emocionante mas com a empolgação de ser campeão. Gostaria de que quando as pessoas ouvissem, elas se sentissem na pista de corrida, por isso adicionei também alguns barulhos dos carros elétricos da corrida da Fórmula E. Inclusive ela já começa com um barulho do carro passando… Somando-se a tudo isso, eu não queria algo que fosse apenas “institucional”, queria algo que eu também pudesse tocar nos meus shows.
Recentemente você fez um remix para a Jennifer Lopez, de sua música “Can’t Get Enough”, que foi o primeiro single do novo álbum da diva. Conta para gente como surgiu esse convite e como você se sentiu?
Eu e meu empresário fomos contatados pela gravadora e pelo Benny Medina, empresário da Jennifer Lopez, há mais ou menos dois meses pedindo um remix eletrônico para a música, e eu logo comecei a trabalhar nele. Depois eu fiquei sabendo que ela tinha recebido outros remixes e tinha reprovado todos, o meu foi o único que ela realmente gostou e que já queria lançar logo. Acabou que a versão da música com participação da Latto saiu primeiro, mas o meu remix saiu duas semanas depois, um pouco antes do álbum completo chegar nos apps de música. Para minha surpresa, ele também foi incluído na versão deluxe do ‘This is Me… Now’, o que me deixou mais feliz ainda! Fiquei feliz demais ao receber o convite e principalmente ao saber que eles curtiram o trabalho que eu fiz. É uma honra trabalhar com uma artista da importância da Jennifer Lopez, com a história que ela tem… E mais importante ainda, é um reconhecimento não apenas ao trabalho que eu e meu time viemos fazendo nos últimos anos, mas à música eletrônica brasileira como um todo, que só ganha cada vez mais prestígio mundial.
E no final do ano você, o Soldera e a Fernanda Porto fizeram um remix novo para a faixa “Sambassim”, que é um hit de 2003 da Fernanda, que estourou fora do país, inclusive. Como surgiu essa vontade de revisitar essa música?
O (músico) Sodera me convidou pra fazer a versão. Ele estava falando com a Fernanda já há um tempo, quando o encontrei no Tomorrowland no ano passado e ele falou: “só você para fazer uma versão foda dessa faixa” (risos). “Sambassim” marcou uma época, marcou uma geração. Ela estourou em Londres, graças ao remix de drum n bass feito pelo DJ Patife, que inclusive é um grande amigo meu e uma puta referência, um dos maiores DJ’s que tivemos no país. Então, foi super legal fazer essa nova versão. Eu tenho tocado essa música, ela vai muito bem nos meus sets.
Este ano você também lançou um remix de um dos maiores hits do Fatboy Slim, “Eat Sleep Rave Repeat”, de 2013. Como foi para você receber o convite para remixar esta faixa?
Fatboy é uma lenda da música eletrônica, um ícone e pra mim sempre foi uma referência. Fazer um remix para essa faixa, que é um marco da carreira dele, é algo grande, tem uma pressão muito grande, mas ao mesmo tempo é uma bênção, uma gratificação. É muito gratificante ver onde o meu trabalho chega e trabalhar com esses nomes que pra mim foram um dos motivos de eu ter começado a virar DJ, de eu ter me envolvido mais com música eletrônica, de ter conhecido mais sobre música eletrônica. A versão ficou muito legal, eu estou muito empolgado com ela, tenho tocado nos meus shows direto.
De onde vêm suas inspirações musicais?
Eu sou um cara muito eclético, sempre ouvi de tudo. Meu pai (o músico Gino Martini, conhecido por fazer parte do grupo musical italiano Double You), sempre foi inserido na música eletrônica, então esse estilo sempre esteve na minha vida. Mas eu gosto muito de rock, hip-hop… acho que essas são minhas maiores inspirações.
Aonde quer estar nos próximos cinco anos? Quais são os planos atuais?
Acho que daqui cinco anos quero estar fazendo o que eu faço hoje, poder estar trabalhando com música, ter uma carreira ainda mais consolidada do que eu tenho hoje e continuar trabalhando para conquistar ainda mais respeito, mais credibilidade. Quero continuar trabalhando com música, fazendo exatamente o que eu faço hoje.
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