Chega aos cinemas brasileiros, no dia 19 de setembro, “Juvenal e o Dragão”, uma animação dirigida por Natalí Toledo que promete unir a rica cultura do sertão paraibano com elementos de fantasia épica. Com Lucas Veloso dublando o protagonista, Juvenal, o filme narra a jornada de um jovem que enfrenta um dragão em busca de amor e redenção. Mas será que estamos realmente prontos para abraçar essa celebração da cultura nordestina, ou o filme será apenas mais uma aventura em meio a um mar de produções internacionais?
Inspirado pela literatura de cordel e pelo movimento armorial de Ariano Suassuna, “Juvenal e o Dragão” tem uma proposta ousada: homenagear as tradições brasileiras em uma animação que, até onde se sabe, é inédita em sua abordagem. No entanto, a questão persiste: por que, apesar de iniciativas como essa, a animação brasileira ainda enfrenta dificuldades em conquistar o público local?
Embora o filme tenha se destacado no Women’s Movie Festival em Nova York, é imperativo refletir sobre a recepção interna. Estaremos nós, brasileiros, dispostos a valorizar as nossas histórias e a nossa cultura, ou ainda olhamos para o exterior em busca de qualidade e entretenimento? O sucesso internacional pode, paradoxalmente, realçar o descaso que a produção nacional frequentemente enfrenta em seu próprio território.
“Juvenal e o Dragão” tem o potencial de abrir portas para um novo horizonte na animação brasileira, mas isso só acontecerá se conseguirmos mudar nossa mentalidade sobre o que significa consumir e valorizar a arte feita aqui. A provocação está lançada: será que este filme será um marco na animação nacional ou apenas mais um título que passa despercebido? A resposta pode determinar o futuro da animação brasileira em nossos corações e nas bilheteiras.
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